Uma rede de hotéis descobriu uma maneira criativa de crescer em meio à crise econômica: transformando lojas abandonadas no centro de Milão em quartos de luxo. O Town@House Street, como é chamado o novo hotel, fica no andar térreo de um prédio construído nos anos 1930, localizado numa zona nobre da cidade, no bairro de Città Studi.As quatro suítes de luxo possuem dimensões que vão de 35 a 50 metros quadrados. As diárias vão de 100 a 300 euros, dependendo da temporada.
Segundos dados da prefeitura, a cidade de Milão perdeu cerca de 500 lojas no ano passado. As vitrines fechadas são um sinal claro dos tempos difíceis. A conversão destes espaços em quartos de luxo pode ser uma resposta criativa para o momento, segundo as autoridades municipais.
O cliente entra no quarto sem passar por nenhuma recepeção. No momento da reserva on line, o hóspede recebe um código de acesso para ser digitado na porta da rua. Com a senha nas mãos, a própria pessoa controla a entrada e a saída, sem precisar falar com ninguém. O sistema é semelhante àquele já usado pelo modelo bed&breakfast. A diferença é que o cliente se transforma no “dono” da casa.
"Quando se viaja sozinho e você vai para um quarto no décimo-sexto andar de um hotel, a sensação de isolamento é inevitável. Agora o hospéde pode entrar em contato direto com os habitantes, com a paisagem, como estar na mesa de um bar, observar as luzes da cidade, os pedestres e motoristas. Oferecemos uma casa com as vantagens de um hotel, com os serviços de hotel num espaço próprio", diz o idealizador do projeto, Alessandro Rosso.
Após a iniciativa pioneira em Milão, os criadores do projeto pretendem aplicar o conceito ainda neste ano em Roma, Florença, Verona e Turim. As cidades de Nova York, Lisboa, Londres, Paris e Viena também estão na fila de espera para transformar lojas fechadas em quartos de hotel de luxo, com vista para a rua.
Essa talvez fosse uma boa idéia a ser aplicada em cidades Brasileiras, a exemplo no centro do Recife, visto que essa é a área onde concentra a maior parte dos atrativos culturais da cidade, porém é onde o índice de concentração hoteleira é quase nulo. Vamos inovar!
Fonte: BBC de Milão
Postado por Natália Avani